Após as festas de fim de ano, carnaval, feriado de São José Padroeiro do Ceará e de uma comunidade do mesmo nome aqui em Ibiapina) e, agora o feriadão da Semana Santa, todos se voltam para o ano político eleitoral, onde a corrida de 1.500 metros envolvendo a maior diversidade de atletas se inicia. Não pense você que, diferentemente do atletismo profissional, cujas olimpíadas deste ano na França, os atletas num ímpeto de caráter e bom moço, quando alguém tropeça e cai na reta final vão levantá-lo e ajuda-lo a chegar no pódio.
Na política é completamente
diferente: é cada um por si e Deus... ah! Deus???, se o senhor não sair do meio, é bem
capaz de ser atropelado, até por aqueles que insistem nas frases engana eleitor
“Deus
pátria e família”. É um salve-se quem puder, e quem não puder com o
pote, desocupe a moita e jogue fora o pote e a rodia (roda de tecido torcido usada na cabeça para
transportar objetos pesados sem causar ferimentos).
Na política,
ninguém confia em ninguém, ou melhor, finge que confia para se sair bem na fita
e se dar bem nos “acordos de gaveta”, cujo teor deles só tem conhecimento as
duas partes. Por isso, aqui em Ibiapina, município da zona norte do estado do
Ceará é assim. O grupo de oposição procura se manter unido em torno de um nome
que tenha condições de voltar ao poder, mas irão vender ao eleitor a imagem de
que farão uma excelente gestão, excluído os erros de quando estavam no comando.
Talvez seja negociado o cargo de vice-prefeito para aumentar o poder de voto e
assim começa o jogo de xadrez.
No atual governo...ah! É aí que começa a confusão. O atual prefeito, segundo algumas informações circuladas, não poderá ser candidato, mas vai sustentar perante o eleitor a ideia de que será sim candidato para manter juntinho seus aliados de última hora e aqueles que estão do seu lado desde o início da caminhada. Como disse no início dessa resenha, “ninguém confia em ninguém”, nem nas suas calças, porque é assim na política. Será que os acordos serão mantidos? Ninguém sabe, por isso confiança que é bom, mora na China, do outro lado do mundo. É o chamado “jogo de interesse” pessoal, onde cada um só olha para seu umbigo, pra suas necessidades e de sua família. É nesse momento que entra a artimanha do convencimento, dos acordos de gaveta e da força do dinheiro não contabilizado pela Justiça Eleitoral. Cai quem quer e quem não tem outra saída pra sua vida, e vive desse joguinho de xadrez da política, que ocorre geralmente nas rodas de barzinhos e nas mesas de restaurantes.
Do governo atual, não podendo ser candidato
a reeleição, o prefeito deve indicar uma pessoa de sua “extrema” confiança, mas pra colocar uma pessoa muito próxima dele,
tem que se afastar da gestão, assumindo a vice-prefeita até o final do ano e
com a árdua tarefa de referendar a indicação do prefeito e se perder a eleição vem
a desgraça fatal: todos na rua, sem
mandato, “sem pai e sem mãe” e cada
um vota pra suas tarefas cotidianas como se nada tivesse acontecido, deixando pra
chorar suas mágoas, nos 4 anos seguintes, criticando a nova gestão.
Esse é o JOGO DE XADREZ da política. Temos, como
eleitor, que nos acostumar e sentar na pracinha com o tabuleiro e jogar
conversa fora.
BLOG A HORA DA NOTICIA –
Jorn. Carlos Alberto Alves – Reg. 3980 – DRT/MTPS