Em Ibiapina, município da zona norte do Estado do Ceará, encravado na serra da Ibiapaba, distante 302km da capital, não se sabe se é tão diferente dos demais municípios deste país, mas uma coisa pode ter certeza, os políticos se utilizam de todas as estratégias eleitorais para vencer uma eleição, seja escondendo o candidato no bolso do paletó para lança-lo de última hora, seja o lançando prematuramente para sentir o que o povo pensa ou seja lançando vários nomes na corrida eleitoral para a prefeitura pra ver quem se dá melhor quando quando houver as convenções partidárias.
De um lado, um jovem ex-prefeito de tradicional
família local, LEANDRO LINHARES, (foto)
é pré-candidato do partido PSD já se
lançou nessa corrida e vai disputar as eleições tentando retornar ao cargo de
prefeito, já ocupado por ele mesmo, seu avô Pedro Sabino, seu pai Hélio Linhares (avô e pai falecidos) e sua
mãe Gracinha Linhares, única gestora reeleita por dois mandatos consecutivos,
numa terra que não existe tradição em reeleger consecutivamente um gestor.
Por outro lado, no outro grupo político, liderado
pelo PSB, mesmo existindo três
gestores, sendo dois que foram prefeitos (Dr.
Orismar e Marta, marido e
mulher) e o atual prefeito Marcos Antônio
da Silva Lima, que está exercendo um segundo mandato, parece não se entenderem
quanto ao candidato que irá concorrer, mesmo sendo direito do atual prefeito
pleitear a reeleição. Isso porque, estamos a 137 dias da eleição e até o
presente momento, Leandro Linhares
ainda não sabe quem vai enfrentar nas urnas no dia 6 de outubro deste ano. Tudo
que se comenta nos bastidores é que: quem quer não pode ou não deixam e quem
gostaria de ser indicado, saiu ruim nas pesquisas internas, tudo num misto de “quem
eu quero não me quer e quem me quer mandei embora”, mas parecendo o “samba
do crioulo doido”, poema musical de Sérgio Porto, gravado por outro grupo que
não foi político, Demônios da Garoa.
Ufa! Pensei que não iria concluir essa matéria, mas
lembrei que no meio desse fogo cruzado está o leitor sofrido, sem saúde,
educação e à mercê da violência que impera em nosso estado. Tomara Deus que o
povo saiba escolher para que possamos sonhar por melhores dias e voltar a
sentar na calçada para ouvir e contar as “histórias da Carochinha” para nossos
filhos e vizinhos.
Carlos
Alberto Alves – É músico e Jornalista, Reg.Nº.3980-MTPS.
