Gestores municipais que no cargo teimam em manter negócios particulares com o poder público, inclusive utilizando o artifícios de laranjas, onde o qual exercem o mandato, continuam na mira da Justiça.
O ex-vice-prefeito de General Sampaio,
Washington da Silva Marinheiro e o ex-motorista dele, Francisco Eudes
Magalhães Oliveira, foram presos temporariamente em operação deflagrada
pelo Ministério Público com apoio da Polícia Civil.
O
ex-político e empresário também teve os bens bloqueados no valor de R$
1.035.605,00. A operação segue em andamento nesta quarta-feira (30/06) e
as medidas foram determinadas pelo juiz de Direito e titular da Vara
Única de Pentecoste, Wallton Pereira de Souza Paiva, após pedidos
cautelares requeridos pelo promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto,
titular da comarca de Pentecoste e vinculadas de Apuiarés e General
Sampaio.
A
operação do Ministério Público (MPCE) investiga corrupção ocorrida na
época do mandato de Washington da Silva Marinheiro, entre os anos de
2013 e 2016. Durante o procedimento investigatório criminal, o MPCE
conseguiu a quebra do sigilo bancário das contas dos investigados e,
analisando os registros de movimentações, constatou que Francisco Eudes
foi usado como “laranja” por Washington Marinheiro, em um esquema de
desvio de dinheiro público promovido pelo então vice-prefeito,
envolvendo empresas que prestavam serviços públicos, as quais pagavam
vantagem indevida em forma de porcentagem sobre os valores auferidos com
contratos públicos celebrados com o Município de General Sampaio.
A
investigação apurou que Washington Marinheiro havia solicitado a
Francisco Eudes as informações pessoais dele com a finalidade de abrir
uma conta bancária para transferências mensais. O ex-vice-prefeito tinha
a posse do cartão magnético do motorista e era ele quem movimentava a
conta. Francisco Eudes, embora ganhasse R$ 678,00 mensais como
motorista, recebeu, entre fevereiro de 2013 e março de 2014,
transferências que totalizam R$ 1.035.605,00. O dinheiro desviado era
depositado na conta corrente do funcionário e depois movimentado pelo
político, com o propósito de não levantar suspeitas quanto à origem dos
valores.
“Sem
qualquer justificativa, diversas empresas que celebraram contratações
com o Município de General Sampaio, das áreas de limpeza urbana,
construções e transporte escolar, realizavam diretamente, ou por meio
dos respectivos empresários, transferências vultosas para a conta do
investigado Francisco Eudes Magalhães Oliveira. O valor repassado nada
mais era que vantagem ilícita cobrada por Washington da Silva
Marinheiro”, aponta o promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto.
A
investigação constatou, ainda, que o patrimônio de Washington da Silva
Marinheiro cresceu de forma exacerbada, totalmente incompatível com o
que ele recebia enquanto vice-prefeito, tendo o investigado passado a
ser sócio e proprietário de algumas empresas.
Na
decisão, a Justiça decretou, ainda, o arresto do supermercado em nome
do investigado, localizado em General Sampaio, com o bloqueio de 10% do
faturamento bruto da empresa – até o limite de R$ 1.035.605,00.
Conforme
o promotor Jairo Pequeno Neto, que coordenou a operação, as
investigações seguem em curso para identificar outras pessoas que
participaram do esquema criminoso de corrupção.
Fonte: MP-CE/IBIAPABA24HORAS.
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