Ao todo, 15 mandados serão cumpridos (Foto: divulgação/ Polícia Federal) |
Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na Região do Cariri e em Fortaleza com o objetivo de desmontar esquema de licitações fraudulentas feitas pela Prefeitura do município de Granjeiro, distante 432,6 km da Capital. Pelo menos R$ 13 milhões teriam sido desviados dos cofres públicos. Ao todo, 15 mandados serão cumpridos.
A operação, denominada Bricolagem I, foi deflagrada pela Polícia
Federal (PF) na manhã desta quarta-feira, 21 em uma força-tarefa
conjunta com o Ministério da Transparência e a Controladoria-Geral da
União (CGU). Até o momento ninguém foi preso. Parte do dinheiro, no
entanto, foi encontrado na casa do gestor em caixas de sapato e segundo a PF o prefeito João do Povo movimentou algo em torno de 26 milhões através de contas em nome de parentes.
A residência do prefeito de Granjeiro, João Gregório, o João do
Povo(foto), foi um dos locais alvos da operação, bem como o seu gabinete na
prefeitura e os setores de licitações, de pagamento e de compras do
Município. Também estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Caririaçu, Aurora,
Juazeiro do Norte, todos no Cariri, além de Fortaleza.
Prefeito de Granjeiro, João Gregório, o João do Povo. |
Em
Caririaçu a investigação é direcionada a um dos empresários envolvidos
na fraude de licitações para construção e reforma de escolas. As
informações foram repassadas por Carlos Arthur, assessor da PF, em
entrevista ao jornalista Farias Júnior para a rádio O POVO/CBN Cariri,
nesta manhã. Em Juazeiro do Norte, policiais federais fizeram buscas em
um edifício comercial.
Os envolvidos responderão
pelos crimes de desvio de verbas federais e fraude em licitações.
Segundo a PF, foram apreendidos "documentos e mídias, um veículo, além
de dinheiro, que ainda está sendo contabilizado". Cerca de 60 policiais
federais e oito servidores da CGU participaram da operação. Mais
informações serão repassada em coletiva de imprensa ainda nesta manhã na
sede da Delegacia de Polícia Federal em Juazeiro do Norte.
O esquema
De acordo com
Carlos Arthur, a Prefeitura de Granjeiro contratava, por meio de
licitações, empresas de fachada para realizar reformas e construir
escolas e acabava não utilizando os serviços das empresas, contratando
outros por fora.
"Em vez de a empresa da
licitação fazer as obras, quem fazia os serviços eram funcionários
contratados pela Prefeitura. E aí esse dinheiro (da licitação) ia para a
organização criminosa", comenta o assessor da PF. De acordo com a PF, o
prejuízo foi calculado entre abril de 2012 e agosto de 2014.
Conforme
a CGU, além das fraudes de obras, também houve contratação de serviços
que nunca foram realizados, com a verba federal do Programa Nacional de
Transporte Escolas (PNATE).
BLOG A HORA DA NOTICIA - Jornalista Carlos Alberto Alves - Reg. Nº 0003980/DRT/MTPS.
FONTE: O POVO ONLINE(reprodução Jorn. Matheus Facundo)e DN.
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